quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O processo de Individualização - somos todos sós

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Esse era um dos textos que há muito tempo quis postar, mas sempre tive preguiça e/ou falta de tempo, por ser uma coisa em que penso quase todos os dias, então muitas vezes acabo mudando de ponto de vista.

Todos nós somos seres conscientes.Cada um de nós tem uma mente. Mas afinal, o que é nossa mente? Algo simples? Complexo? A nossa mente é um enorme salão escuro, esperando ser desvendado. Só que, como nos desvendamos? Por religião? Filosofia? Não acho que seja isso, na verdade. Cada um começa a desenvolver seu "eu" interior e se descobrir em uma certa época, certa idade, mas não é determinado. Muitas vezes pensamos que temos companhia, amigos e etc. De certa forma, estamos certos, temos sim companhia e pessoas ao redor. Mas e o nosso âmago? Nossa "alma"? No nosso profundo, somos todos sozinhos, buscando descobertas sobre nós mesmos, esperando que seu salão escuro se torne claro. No nosso âmago, estamos todos perdidos...
Cada um com seu salão, seu segredo, seu universo dentro de si. Como nos descobrimos? Como nos conheceremos? Sofrimento! Sofrimento é a resposta, ou talvez, uma delas. No sofrimento, é onde temos maior tendência a nos afastar das pessoas, e conseqüentemente, refletir sobre nós mesmos. Uma coisa que me convence disso, é que geralmente os maiores gênios foram pessoas tristes e ou que sofreram muito na vida. Só que não saio procurando qualquer tipo de sofrimento. Aliás, não é todo tipo de sofrimento que me faz progredir nisso. São só aquelas decepções profundas, onde você é "quebrado" em mil pedaços. Aí é onde começamos a descobrir o que somos, o que queremos, o que podemos e o que fizemos. Aí é onde você começa a se tornar uma pessoa "individual". Aí é onde começa seu caminho para o auto-descobrimento. Com o tempo, fui deixando de acreditar que era uma pessoa forte e que amava a vida, para descobrir que era uma pessoa fraca, indiferente, carente, filha da puta e que tem medo demais... Que vai ficar em cima do muro vendo tudo acontecer, e vai rir no final. Pois é, eu não sou tão satisfeito com o que eu já descobri sobre mim. Afinal, quais são os humanos que prestam? Consigo contar nos dedos... O que sabemos? Nada! Como dizia Fernando Pessoa:

"Tens, como Hamlet, o pavor do desconhecido?
Mas o que é conhecido? O que é que tu conheces,
Para que chames desconhecido a qualquer coisa em especial?"

Odeio subestimar os humanos, mas... O que somos? O que sabemos? NADA! Somos pessoas fracas que ainda têm medo do escuro e quase nunca tentamos combater esse medo.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

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Pois é, esse blog ficou às moscas. Já que tenho um pouquinho de tempo e disposição agora, provavelmente vou poder encher isso daqui de posts novos. hmm
Primeiro excluí os posts de músicas, para organizar e postar depois toda de uma vez. Well, lá vai...

Esses dias tenho sofrido uma puta perseguição... Religiosa... Na escola, em casa, na rua; está me deixando louco. Sou Ateu e sou satisfeito com isso, mas é incrível como somos discriminados por religiosos. Nunca tive vergonha ou medo de dizer que era Ateu, mas hoje em dia, nos olham como se fossemos animais, então eu começo a sentir certo receio e tenho que "engolir sapo" muitas vezes por não poder dizer o que realmente quero.
Nunca tive problema nenhum com religiosos, aliás, tenho muitos colegas que vão à igreja e etc., e nunca tive nenhum problema sério com isso. Mas eu não entendo, por que sempre pensam que são melhores a nós? Pode não parecer, mas GRANDE parte dos cristãos acham que são humildes quando na verdade "desprezam" quem é de outra religião e/ou quem não segue nada. Hipocrisia, preconceito, intolerância... A família do meu pai começou a querer me arrastar a igreja deles, mas quando eu disse "err, não quero ir porque sou Ateu", eles quase tiveram um ataque. Na escola converso muito isso com um colega que ainda é "indeciso". Mostro a ele minhas idéias sempre, e consigo manter uma conversa legal. Mas sempre vem um outro que é Cristão, se achando o dono da verdade, pondo sua doutrina num pedestal, achando que quem não a segue é errado, imoral e indigno. Cara, como isso me irrita...
Hoje mesmo, conversando com esse colega, ele disse que não acreditava em divindades, mas achava que existia "alguma coisa além" do que vemos... É um argumento construtivo, entendi o lado dele, apesar de não concordar muito. Até que veio uma menina que aliás também é minha colega, e disse:
"Jonathan (nome desse colega), você acredita mas não quer acreditar!!" (?) e ainda disse para ele parar de "tentar mudar a mente". Eu fiquei calado...
Afinal, QUAL O PROBLEMA DE QUERER ABRIR A MENTE? Qual o maldito problema?
Isso me deixa puto, não posso nem fazer a escolha de não seguir religião alguma? Não posso pensar do meu jeito? Tenho que aceitar uma doutrina que não concordo? E o pior, tenho que ficar ouvindo de gente bitolada que sou uma pessoa "errada"?
Isso não está certo...