segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Sobre o excesso (ou falta?) de amor

1 comentários


É, todos nós, seres humanos, amamos. Amamos objetos, pessoas, idéias, e etc. E todos nós, temos sempre certo receio de que o objeto amado vá embora.
Quando amamos as pessoas, fazemos juras, promessas, tentamos cuidar delas a todo custo, fazemos de tudo por elas. Quando amamos um objeto, não deixamos que ninguém o toque, com medo de quebrar ou danificar.
Afinal, como amamos? Ouso dizer, que todo amor, seja por pessoas, objetos ou idéias, é uma forma de amor próprio. Sim, um amor próprio. O objeto amado nos faz sempre muito bem, sempre nos anima, vivemos pelo/graças ao objetos amado. Só de pensar na idéia de perdê-lo, ficamos com medo. Puro instinto de auto-proteção, certo?
É tudo vaidade nossa. Afinal, sem o objeto amado, não nos sentiremos bem; nos sentiremos vazios e sem perspectiva de vida. "Amor ao próximo" é pura vaidade, fazer de tudo por gente que não conhecemos é a tentativa de realizar um simples capricho egoísta, de ver o mundo em "perfeita harmonia". Não gostamos das pessoas, e sim dos sentimentos. Amamos amar, em outras palavras...
Quem diz "amo X mais do que a mim mesmo", na verdade está jogando TODO o seu amor próprio em uma pessoa. Não acho errado e nem certo, é apenas mais uma forma de amor próprio... Esse tipo de pessoa geralmente se deprecia, mas no fundo, tem um ego gigantesco.
Amamos quem satisfaz nossos egos, quem faz a gente se sentir pessoas "melhores".
E quando não estamos apaixonados, geralmente não damos valor à nada. Por quê? Porque falta amor próprio. E é esse o amor mais importante; o que deve vir antes de tudo. Quando você não se ama, você não consegue (SIM, não CONSEGUE, mas não quer dizer que NÃO DEVE), amar outra coisa.E no final, você fica vazio... Estagnado na vida, sem motivos para fazer as coisas bem, sem motivos para sorrir ou cantar... Sem motivos para viver com alegria. Você morre por dentro, quando o amor vai embora. Até achar outro objeto para despejar seu amor próprio, e esquecer completamente do objeto anterior.
Será que uma hora o amor volta? Será que uma hora a vontade de viver volta? Espero que sim. Porque só assim para eu conseguir tomar um rumo. Infelizmente, né.