quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

R.I.P - Luccas

Demorei muito para perceber que nada é eterno. Talvez, nem mesmo o universo, sabe? As pessoas, os momentos, as vidas, tudo um dia vai embora. Alguns voltam outras vezes, mas no final, vão definitivamente. Sempre fui muito egoísta em sofrer por pessoas que tinham ido embora da minha vida, mas aí acabei pensando... E quando eu fui embora da vida das pessoas? Pode ter doído nelas também, e eu não me importava com isso. Todos nós somos egoístas, e muitas vezes não nos importamos em ferir alguém, quando é para o nosso proveito. E somos mentirosos, além disso. A prova, é que sempre queremos ser correspondidos, quando na verdade, o outro não tem essa obrigação. Chamamos as pessoas de "amigos", "amores", e etc., apenas para fingirmos que no fundo, não estamos sozinhos. Mas quando acaba a afinidade, acaba a amizade. Até eu sou assim, afinal.
A nossa solidão às vezes não é vista, mas nunca deixa de ser sentida. Por que amamos? Por que nos apegamos? Porque outras pessoas ou coisas conseguem suprir um vazio que há dentro de todos nós. Alguns têm um vazio maior, confesso. Mas no final, todos nós somos parecidos. Todos nós somos humanos. E quanto mais você olha pra dentro de si mesmo, mais vê o vazio que existe. E nessas horas, você começa a questionar se seus sonhos, objetivos ou pessoas são realmente o que você precisa pra se preencher. Uma hora, você começa a querer "algo maior". Mas, o que será esse "algo maior"? Eu sinceramente, queria descobrir do que preciso. Pessoas e hábitos me fazem feliz momentaneamente, mas não me completam mais. Não é mais disso que preciso, entendem? Será que o que eu procuro, realmente existe? Pra ser sincero, acho que não. Talvez a procura por essa coisa, distraia a minha sensação de vazio. Talvez eu nunca a ache, e viva me distraindo com pessoas e hábitos diferentes.
Até então, estarei de luto. Luto por mim, que não sabe como viver de verdade.

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